segunda-feira, 1 de abril de 2013

Arrasta meu eu.


Tão fácil me perder em você, perder o senso de onde termina meu corpo e onde começa o seu, cada toque muda em mim, molda você, o olhar intenso e fixo. O cheiro inebria, desfaz qualquer crença, desenrola toda desavença, ver-te tão de perto transforma o que é... de forma a ser o que sempre foi! És tu que me tira o sossego, faz de mim cria do meu desejo. Enroscar de braços e pernas que se uma música liga, transforma-se em dança, em jazz em samba. Vossos fios de barba arrastam, traçam os caminhos dantes desconhecidos, maltratam a sagacidade, levam a consciência, arrepiam e acariciam a sensualidade.  É meu, é seu! É meu, é seu...somos nossos e o tempo já não importa, o relógio roda, o ponteiro corre e você se vai. No silêncio do quarto, meu eu há de ouvir tuas palavras a bater pelas paredes e voltar aos meus ouvidos, já não incomoda não te ter ao meu lado, não sentir teu calor a toda noite... Eu sei, você sempre volta!

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