sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Brisa

Um canto
Recanto quieto.
Pra lembrar de quem eu sou,
ou do que eu costumava ser.
Pra pensar na vida,
no tempo, no teu sorriso.
Esquecer do mundo,
e ser somente eu!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Me engana

Hoje estou naqueles dias,
dias de rever, reencontrar
Brincar, re-significar, reviver,
mas não viver sabe?

Deixa pra amanhã,
não tem importância mesmo..
Mais um dia, mais um minuto..
Que seja!!

Queria que o tempo passasse,
mas ele engana.
Não passa,
Esgana!

Prende lembranças que não mudam.
As coisas mudam,
mas lembranças não.
Permanecem.

Se engana!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O Lar

Sai de mim, estranha
revolta, reverte em dor.
Caminha, engasga.
Não sai!
Eu saio, saio comigo,
para não ficar.
Esquece, não te quero.
Já chega! Sou mar,
Sou terra, sou lar.
De mim mesma sou lar!

domingo, 10 de novembro de 2013

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Bom dia?

Dia frio, calado... quase mudo. Pouco se ouve além dos esporádicos carros na rua, além dos pássaros encabulados pela neblina. O despertador nem tocou, mas meus melhores sentimentos já me colocaram a rolar pela cama, volta tudo, todo passado que em alguns momentos faço questão de ignorar. Pergunto-me por várias vezes o que teria de ser feito para obter a velha vida de volta, ela não volta, mas dá a volta, vira e remexe. Pula, salta, corre, invoca, trava e volta... Volta a andar pra frente, os ponteiros não param e nem o grão da ampulheta deixa de cair. Cantarolando qualquer coisa peço pra que o tempo leve de volta pro passado toda lembrança que me trava, me faz sorrir de canto, evoca risos breves e logo uma cascata cristalina se forma no alto de minhas bochechas. Abraço travesseiro e pondero sobre não sair da cama, estico o olhar turvo pro relógio sem que tenham se passado meros cinco minutos. Saio da cama, ando até a porta e percebo que o dia nem amanheceu! Era só mais um devaneio que atrapalhava outra noite de sono. Desculpem-me pássaros, continuem a dormir...pois talvez eu faça o mesmo!

Grrr

As vezes sufoca,
me irrita, enlouquece!
Não aquece.
Faz tremer e vira do avesso.
Grita...
não posso.

domingo, 19 de maio de 2013

Já foi?

Não sei assim ao certo
por quanto tempo deixou de existir e
nem sei bem se foi embora.
Porque é entrar naquele quarto,
que as memórias invadem.
Noites sem dormir, a inquietude do silêncio,
a agonia de querer sumir.
Correr ou gritar e encontrar no escuro,
a segurança dos teus braços.
Não o vejo mais...só sinto.
Só sinto um galopear nítido no peito,
vejo mares, são meus olhos...turvos, saudosos, úmidos.
E realmente tu ainda não foi embora.