quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Enlouqueceria se acreditasse.


Não há mais ninguém na casa, ouço o eco da minha respiração e vez ou outra o vento balançar as cortinas. A inquietude da minha mente se confunde com o silêncio, quando sentada, olho para o nada vejo tudo, a luz que pisca, minha alma que aquece...as vezes congela, mas só as vezes. Respira, fecha os olhos, mas eu continuo acordada, meus olhos enxergam e minha pele sente. 
Como seria possível se não fossem as transcendências dos meus pensamentos e do desejo que embalo todas as noites antes de adormecer, quente aconchegado desabrocha enquanto sonho, você vem eu não te vejo, mas sei que você vem, por alguns segundos sinto você. Me abraça, aperta, não diz nada...não está lá. Ainda assim é como se estivesse. Desejo pedir-te para que fique, mas a voz não saí e o silêncio continua, embora eu ache loucura, é a minha loucura que lhe mantem vivo. Por mais uma noite a loucura alimenta minha realidade. 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Shhh!



Rompe com o caos,
silencia, espera...
Até a respiração se ouve,
tudo tão quieto, tão calado.
Silêncio que embaraça, 
antecede, precede, enerva.
O silêncio do nascimento.
O silêncio do beijo.
O silêncio do início.
O silêncio do termino.
O silêncio do barulho,
o Silêncio!
... Shhh.